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Ciências Exatas I


8º MOSTRA PROFISSIONAL CIPCON OBJEIVO 2007
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Engenharia Aeronáutica

Engenharia aeronáutica

Engenharia aeronáutica é o ramo da engenharia encarregado do projeto de aviões, helicópteros e naves espaciais. Sendo o Engenheiro Aeronáutico também capaz de atuar na área aeroespacial.

Engenharia aeronáutica é uma área de estudo complexo que envolve o estudo de projeto de aeronaves, manutenção, certificação de aeronavegabilidade e áreas científicas.

Fazem parte da formação básica de um engenheiro aeronáutico disciplinas de cálculo, geometria analítica, álgebra, Equações Diferenciais Ordinárias, Física, Química, Eletricidade e Magnetismo, Estatística e Dinâmica.

Da formação básica em engenharia tem se disciplinas de desenho técnico mecânico, metrologia, mecânica dos sólidos, mecânica dos fluídos, eletrônica, tecnologia digital, elementos de máquinas, termodinâmica e transporte de calor e massa.
Dentro da área específica de formação em engenharia aeronáutica estuda-se aeroelasticidade, aerodinâmica, estabilidade e controle, desempenho de aeronaves, manutenção de aeronaves. Mecânica de estruturas aeronáuticas, materiais de construção aeronáutica, fadiga e fratura de materiais, sistemas dinâmicos de aeronaves, propulsão.

Em muitas universidades, a engenharia aeronáutica está especialmente ligada à engenharia mecânica, sendo lecionada engenharia mecânica com ênfase em aeronaves.

O curso existe no ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) desde a década de 50, na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) através do CEA (Centro de Estudos Aeronáuticos) desde 1975 e na USP (Universidade de São Paulo) em São Carlos desde 2002, onde previamente existia um curso de Engenharia Mecânica com ênfase em aeronaves desde 1981.

O curso

A escola exige dedicação quase exclusiva, e você mal vai ter tempo para desenvolver atividades extracurriculares. Mas receberá ótima formação, especialmente em cálculo matemático e eletrônica. Nos dois primeiros anos, aprenderá física, matemática, química, cálculo diferencial e integral, geometria analítica e álgebra, mecânica, eletricidade e química. Entre as matérias optativas estão mecânica celeste e ondas gravitacionais. Há muitas aulas práticas, em laboratório. O trabalho de conclusão de curso é obrigatório. Duração média: cinco anos.
(fonte: Guia Abril do Estudante 2000)

Relação candidatos por vaga: 18,43 USP

Profissões: engenheiro aeronáutico deve ter dedicação total
JÚLIO CÉSAR BARROS
da Folha Online

“Dedicação total" pode sintetizar o que os vestibulandos irão encontrar pela frente ao escolherem o curso de graduação em engenharia aeronáutica, carreira que está sendo impulsionada pelo desenvolvimento da indústria brasileira.

O curso, recheado com muita física, química, matemática e informática, têm duração de cinco anos e é dividido em duas etapas. Durante os dois primeiros anos do curso o estudante terá uma formação de engenharia geral e, nos outros três, ele vai cursar disciplinas de engenharia aeronáutica.

Até este ano o candidato interessado em engenharia aeronáutica tinha uma única opção: o temido ITA. Mas para o próximo vestibular os estudantes ganharam uma nova faculdade, não menos difícil de ingressar, mas que serve de opção. A USP de São Carlos abriu 40 vagas para a seleção de 2002.

Por ser uma instituição militar, os candidatos que prestam o vestibular do ITA podem optar, no momento da inscrição, pela carreira militar ou civil. Cerca de 60% escolhem a civil.

De acordo com o chefe de gabinete do ITA, Carlos de Moura Neto, o estudante que optar pela carreira militar será automaticamente incorporado à FAB (Força Aérea Brasileira) como primeiro tenente-engenheiro aeronauta. "O oficial poderá trabalhar em qualquer parte do país e terá que permanecer no serviço militar por pelo menos seis anos", diz ele.

É importante lembrar que o ITA obriga todos os alunos, inclusive as meninas, a cursarem o CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva da Aeronáutica) nos dois primeiros anos da graduação.

O curso de graduação tem como objetivo formar um profissional com conhecimentos em projetos de aeronaves, formulação de planos de vôos, mecânica de aviões e de helicópteros, dinâmica de vôo, administração aeroportuária, telecomunicações além de muito mais.

Apesar de a teoria de vôo fazer parte do currículo básico da graduação, os alunos não chegam a ter muitas aulas de vôo. Os estudantes chegam a ter aulas práticas em pleno ar, mas não recebem habilitação. Por isso, o chefe de gabinete da reitoria do ITA recomenda que o estudante não entre na faculdade achando que vai sair um piloto formado porque o intuito do curso não é esse.


Moura Neto afirma que o aluno terá tempo para se divertir como qualquer outro jovem, mas a dedicação ao curso deve vir em primeiro lugar. "É uma ótima carreira, mas o estudante deve saber organizar bem o seu tempo, pois seu aprendizado será cobrado durante toda a sua vida", diz ele, lembrando que o profissional, mesmo depois de formado, nunca pára de estudar.

Em São José dos Campos, são oferecidas 30 vagas, em período integral e com duração de cinco anos. A qualidade do curso é reconhecida no Brasil e no exterior e o preço deste reconhecimento se reflete na concorrência, uma das maiores do país (no último ano, foram mais 70 candidatos por vaga).
A estreante USP irá oferecer 40 vagas no período da manhã e espera ter um curso de alto nível. "Apesar de ser a primeira turma, já temos uma experiência de 20 anos no mercado", afirmou o coordenador do curso de engenharia aeronáutica da USP de São Carlos, professor Fernando Martini Catalano, lembrando que a instituição oferece a graduação em engenharia mecânica com ênfase em engenharia aeronáutica desde a década de 80.

Segundo Catalano, a intenção da instituição é de ter um aeroporto e um avião próprios. "Recebemos apoio da Embraer (maior empresa do setor aeronáutico no país) e esperamos firmar outros convênios para tornar isso possível", disse ele.

Como em todos os cursos de engenharia, os de aeronáutica têm em seu currículo uma carga horária muito teórica nos primeiros anos. "O básico é muito desestimulante, por ter muita teoria (...) muitas vezes o aluno pensa em parar", afirma o professor da USP.

A carreira

A formação de megamontadoras de aeronaves, como a recente fusão de dois dos maiores fabricantes mundiais de avião, a Boeing e a McDonnel-Douglas, é apenas um dos sinais de que essa indústria está em crescimento em todo o planeta. Assim, são boas as oportunidades para quem quer projetar e construir aeronaves de qualquer tipo, uma das principais funções do engenheiro aeronáutico. Nesse caso, sua atividade vai desde o projeto e a análise das estruturas que compõem a nave - asas, motores e fuselagem - até o estudo dos materiais, da dinâmica e do comportamento do avião durante o vôo.

Trabalhar no setor não é apenas construir aviões. A engenharia aeronáutica é extremamente complexa e sofisticada e se espalha por várias áreas: aeroelasticidade, aerodinâmica, materiais, mecânica estrutural e de vôo, projeto e integração de sistemas, propulsão e gerenciamento de transporte aéreo. Por isso, apenas 30% dos engenheiros aeronáuticos brasileiros atuam diretamente na fabricação e manutenção de aeronaves. A maioria se emprega em setores que aparentemente nada têm a ver com a matéria, como o mercado financeiro ou as firmas de consultoria em reestruturação empresarial. "Nossa formação é muito abrangente, e isso nos abre um enorme horizonte profissional", diz o engenheiro aeronáutico Marcos Augusto Novo, que trabalha na Mectro, fábrica de produtos eletrônicos em São Paulo. "Desenvolvo os algoritmos utilizados nos aparelhos de uso na medicina. O algoritmo é que se define como o aparelho pensa e faz as tarefas".

O mercado

A boa qualidade dos aviões brasileiros de pequeno e médio porte garante sua venda no exterior e trabalho para os especialistas em projeto e construção. No mercado nacional, o Ministério da Aeronáutica e a Embraer continuam sendo as maiores fontes de emprego. Também há oportunidades no Centro Tecnológico de Aeronáutica e no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Salário médio inicial: R$ 1 200,00

Os recentes contratos fechados pela Embraer, empresa privatizada há poucos anos, fizeram do engenheiro aeronauta um profissional muito requisitado. A falta de profissionais obrigou a empresa a capacitar 300 engenheiros das mais diversas áreas para trabalharem no setor. Outra saída foi buscar especialistas no exterior.

Além da indústria, os futuros profissionais poderão atuar com manutenção e mecânicas de aviões, tanto em pequenas empresas de táxi-aéreo, quanto em grandes companhias comerciais. Outro campo de trabalho que está se desenvolvendo é o de manutenção e mecânica de helicópteros.

Para o diretor de administração e planejamento da AEB (Agência Espacial Brasileira), Antônio Mac Dowell, ex-aluno do ITA, o profissional terá oportunidade de trabalho tanto em órgãos governamentais quanto na iniciativa privada. "Nos últimos anos, o mercado de trabalho expandiu muito (...) o desenvolvimento da indústria e o aumento do tráfego aéreo são os maiores responsáveis por essa expansão. Hoje sobram vagas e faltam profissionais", afirmou ele.

Mac Dowell ressalta que o setor aeroespacial, que ainda dá os primeiros passos no país, é uma opção que também deve fazer crescer a demanda nos próximos anos. "Aos poucos, esta indústria deve passar do setor governamental para o privado e os investimentos devem aumentar (...) já existem empresa privadas que prestam serviço para nós", disse o diretor da AEB.